A arte da conciliação
Luiz Fernando Bandeira de Mello — Conselheiro do CNJ e ex-secretário-geral da Mesa do Senado
Passei 20 anos de minha vida profissional atuando no Senado Federal. Trabalhei diretamente com seis presidentes distintos. Testemunhei a política acontecendo, às vezes em momentos tensos, outras vezes festivos, de relevantes conquistas sociais. Pude observar como o estilo pessoal do senador à frente da Casa é fundamental para seu bom funcionamento.
Nos últimos quatro anos, Rodrigo Pacheco consolidou sua marca como um líder sereno, firme e comprometido com a estabilidade institucional do Brasil. Em tempos de turbulência política, como os que vivemos, sua atuação garantiu o equilíbrio necessário para que o Congresso Nacional permanecesse um pilar da democracia e do entendimento entre os Poderes.
Desde que assumiu a presidência da Casa, Pacheco nunca buscou protagonismo pessoal. Não precisava. Demonstrou respeito pelas instituições, promovendo o diálogo entre diferentes correntes políticas e reforçando o papel do Legislativo como espaço de debate e construção de consensos. Em um cenário de grandes desafios, ele soube manter a harmonia entre os Poderes sem abrir mão da autonomia do Senado. Quando necessário, devolveu liminarmente medidas provisórias. Quando prudente, retirou matérias de pauta para que o........
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