A ameaça das mudanças na política da Meta
Marcelo Senise — Idealizador do Instituto Brasileiro para a Regulamentação da Inteligência Artificial, sociólogo e marqueteiro
As redes sociais, como Facebook e Instagram, transformaram-se em plataformas centrais na formação de bolhas sociais, exacerbando a polarização e dificultando o consenso. Recentemente, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou uma revisão significativa nas políticas de moderação de suas plataformas, gerando preocupações sobre o impacto dessas mudanças em um mundo já fragmentado e volátil. Este artigo examina os erros estratégicos de Zuckerberg ao adotar uma postura que pode acelerar a inflexão social e gerar desconfiança em tempos de crescente influência da inteligência artificial.
A evolução das redes sociais transformou a forma como a informação é consumida, tornando-as grandes formadoras de bolhas. Algoritmos inteligentes promovem conteúdos que reforçam crenças existentes, ao invés de fomentar o diálogo entre diferentes pontos de vista. Esse fenômeno resulta em uma eletrólise social, dividindo comunidades e dificultando a construção de consensos vitais para o progresso coletivo. Nos últimos anos, temos observado como essa polarização alcançou níveis insustentáveis em diversos países. Governos enfrentam desafios crescentes........
© Correio Braziliense
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