Os velhos do restelo
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Os dias que se seguem ao Natal são longos e preguiçosos, pelo menos essa é a minha percepção, por essa razão os ocupo lendo, escrevendo, assistindo algumas séries nos serviços online de streaming e, eventualmente, visitando o Sol que se oferece generoso nesse verão de inédito calor. Já escrevi aqui que:
Escrevo para espantar a solidão
Letras constroem, pacientemente, palavras.
Essas desenham o contorno da alma
Agora revelada a todos
E a ninguém...
Tenho o hábito de empilhar os livros da pequena biblioteca que mantenho em casa, o faço com honesta intenção de ler ou reler cada um deles, fracasso sempre (ainda bem que a Rosana, bibliotecária que nos atende com paciência tibetana, recoloca tudo no lugar, etiqueta e tenta me educar, em vão, a manter tudo “arrumadinho”).
Dentre os livros que retirei das prateleiras está “Os Lusíadas”, obra de Luís de Camões que todos conhecem, mas poucos leram, o que remete a Hildebrando Siqueira: “Há homens eruditos que lembram garçons. Os garçons conhecem todo mundo... De vista”.
O poema de Camões, obra de sua vida, tem o objetivo a celebração da identidade nacional portuguesa.
Do ponto de vista estrutural está dividido em dez cantos, estruturas que equivalem aos capítulos de uma narrativa em prosa; o nome “canto” vem das epopeias clássicas, tem origem na Grécia antiga e em Roma, eram originalmente cantados, os Lusíadas são para serem declamados e não cantados, mas, o nome canto é usado como tradição necessária.
Aprendi com a D. Maura, mãe de minha mãe, que, para entender o poema de Camões temos........
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