Linguagem: colonização e resistência
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Nunca apresentei ao leitor as minhas noras; vou apresentá-las por ordem de chegada aos nossos corações: Gabriela, mãe da Isabela; Ana Julia e Claudia, que traz no “forninho” a Clarice, ansiosos desejamos que chegue plena de saúde; elas são, naturalmente, pontepretanas, de origem ou convertidas (condição para convivência não beligerante aqui em casa); todas graduadas e pós-graduadas, lindas em seus sorrisos e, em sendo minhas noras, garantiram algumas eternidades de perdão para improváveis pecados.
Hoje vou falar do xeque-mate que a Ana Julia me impingiu.
Há expressões idiomáticas das quais não gosto, assim como não gosto de usar anglicismos. E a Ana Julia ou, simplesmente, Naju, me perguntou, como quem não quer nada: “Peter, por que você não gosta de expressões como ‘da hora’ e ‘dar um rolê’” (há inúmeras outras que eu não gosto, não uso e censuro quem as usa).
Pensei: “ela se preparou”.
Meu filho Mateus e eu já havíamos travado um “debate sanguinário” sobre a adequação, ou não, em usar essas expressões, mas como ia começar o jogo da Ponte, suspendemos o debate e subimos para a sala de TV; a Naju me pegou desprevenido, eu estava dividindo a concentração entre a estrada (voltávamos de Rio Claro), e a construção de argumentos e justificativas para a minha opinião.
As expressões citadas têm origem nas regiões periféricas das cidades; lá a........
© Brasil 247
visit website