A BOMBORDO, MARINHEIRO!
Eram inúmeras as razões para, em 1975, ainda antes de se adentrar por um verão escaldante, me filiar no Partido Socialista. A revolução estava em marcha, pela faixa esquerda da via, em direção ao socialismo; por ela caminhavam muitos dos meus amigos e companheiros de estudo e de vida (ou que era, naquela altura, quase o mesmo); o meu livro, Cravo na Boca, acabado de sair, era representado, pelas terras do nordeste por um grupo local da juventude socialista; todo o país avermelhava; no meu regresso a Bragança para cumprir a malfadada “obrigação” do inefável Serviço Cívico vi-me instalado no “meu velho” S. João de Brito lado a lado com cabeludos e barbudos militares que, chefiados pelo Fabião vinham alfabetizar (politizar/socializar) as rudes gentes nordestinas; barbudo e cabeludo, o Ernesto, vindo da libertária França, já a atapetar a vinda de Mitterrand para o Eliseu, garantia-me que o futuro lusitano era vermelho; cabeludos e........
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