A Igreja e a política… nos últimos 50 anos
Considerada por alguns historiadores mais integristas como uma espécie de suporte do regime caído no ’25 de abril de 1974’, a Igreja – sobretudo na sua expressão católica – em Portugal viveu tempos conturbados na sua aferição aos tempos pós-revolucionários, não sendo uniforme a atitude de dentro para fora e de fora para com a instituição no todo do território nacional: nalgumas situações houve colaboração, noutros casos alguma conflitualidade e, na maior parte das vezes, uma espécie de mútua desconfiança no conteúdo e até na forma…
1. Situemo-nos: ao nível da Igreja católica universal estava-se no clima de renovação introduzido pelo Concílio Vaticano II, terminado em 1965 – menos de dez anos antes da revolução abrilina – e cujos eflúvios ainda não tinham assentados nas hostes eclesiásticas lusitanas, com muitos padres a saírem do exercício do ministério, os seminários em adaptação aos novos tempos eclesiais, com um laicado pouco motivado ou mesmo comprometido nas lides da Igreja. Eram bispos nas principais dioceses: D. António Ribeiro, em........
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