Douro: A tempestade perfeita.
Manuel Igreja
Assim num primeiro modo de pensar ou sentir, no repente, uma tempestade nunca é perfeita no sentido em que tendemos a considerar a perfeição como algo sempre elevado, belo, profícuo e reconfortante.
Enganamo-nos o entanto nesse primeiro impulso, pois a perfeição de uma tempestade, advém essencialmente das condições que a levam a acontecer na magnitude da sua condição com tudo aquilo que de mau sempre acontece no concretizar da natureza das coisas e dos acontecimentos.
De um modo geral, ou mesmo sempre, as tempestades dão sinais, fazem-se anunciar pois não brotam do acaso. Nascem das condições natural ou artificialmente criadas para o seu se fazer sentir. É só prestar-se-lhe as devidas atenções para que com saber, com inteligência e com medidas se atenuem os seus efeitos.
Posto isto, e saindo do registo num modo de dizer, meteorológico, e não desejando assumir o papel de Cassandra que na antiguidade clássica, profetizava desgraças quando lhe dava........
© Diário de Trás-os-Montes
visit website