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Para além da direita e da esquerda

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15.04.2024

Essa dignidade, também percetível apenas pela razão humana, decorre claramente da visão bíblica do ser humano criado «à imagem e semelhança de Deus» e da visão cristã de um Deus que assume a natureza humana, proclama o amor universal, especialmente para com os mais pobres e vulneráveis, e dá a sua vida pela salvação de cada pessoa, chamada à comunhão com Ele. Como acentua essa declaração, a dignidade humana é “ontológica”, ou seja, é inerente a qualquer ser humano só pelo facto de o ser, independentemente de quaisquer circunstâncias; não depende da idade, das capacidades físicas ou intelectuais ou até das qualidades morais; não admite graus (neste sentido “ontológico”, não no sentido moral, não há pessoas mais dignas do que outras); não se adquire só a partir de determinada fase do desenvolvimento, não se perde com a doença ou qualquer deficiência, inata ou superveniente; e também não se perde com a prática de pecados e de crimes (porque a regeneração moral da pessoa nunca pode ser afastada). A dignidade humana não é compatível com alguma forma de redução da pessoa a instrumento ou objeto, e já não fim em si mesmo.

Partindo deste princípio, esse documento enumera, numa perspetiva coerente e global, vários atentados à dignidade humana: o aborto, a pobreza, muitas das guerra, o tráfico de pessoas, a exploração laboral, os abusos sexuais, a maternidade de substituição,........

© Renascença


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