Eu sou um "herdeiro" de "assassinos" e "genocidas". Porque devemos levar o deputado do Chega, Gabriel Mithá Ribeiro, muito a sério?
Caro leitor, fica avisado que não deve ler este texto, se quiser manter a sua saúde mental. Proteja-se, por favor, das “infecções psíquicas” e da “pandemia mental” desta prosa infeta, de um autor “herdeiro” de “assassinos” e “genocidas” soviéticos e nazis. Que sou eu.
É bom que se saiba, para proteção da comunidade, que represento um perigo para esta sociedade que o dr. André Ventura quer apenas “limpar”, mas que os seus mais dedicados e puros seguidores desejam purificar: cuidado, leitores e leitoras, uma vez que sou “um polícia mental”, que “trabalha para um regime repressivo, promotor social de uma ignorância que causa dano à sanidade mental coletiva dos portugueses.” Atenção, cautela com estas leituras. Pare já aqui. Não prossiga. E não deixe este texto ao alcance das crianças.
Podia fazer uma paródia - seria muito divertido -, mas o caso é para levar a sério. A primeira vez que li a diatribe publicada pelo sr. deputado do Chega, Gabriel Mithá Ribeiro, no “Observador”, contra o meu livro “Na Cabeça de Ventura” (Zigurate) com o título “‘Na cabeça de Ventura’ ou tratado sobre o aparelho repressivo do regime”, cuja leitura aconselho vivamente, confesso que me diverti pelo nível do disparate. Mas quando reli aquele glorioso absurdo, não achei graça. Considero ter o dever de responder, não para lhe devolver os insultos nem para dizer que o vou processar por difamação (não vou), mas para chamar a atenção de quem tiver paciência, para a gravidade do que está em causa.
Gabriel Mithá Ribeiro não é uma pessoa qualquer, não é um excêntrico nem um inimputável que escreve “coisas” em jornais. É um deputado da nação, foi eleito duas vezes pelo Chega no círculo de Leiria, e agora foi escolhido para secretário da mesa da Assembleia da República. Foi coordenador do Gabinete de........
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