Rosinha - a pequena pastora
Teresa A. Ferreira
Os dias corriam mansos, como se quer nestas paragens, enquanto Rosinha, vivaça e traquinas, seguia o pai por todos os lados. Ninguém como ela conhecia os cantos à terra. Acompanhava o pai no pastoreio das ovelhas. De tudo viu e sentiu em tenro corpo de menina. Passou calor, frio e chuva; e, muita fome pelo meio. Terra de clima agreste - nove meses de inverno e três de inferno - fazia sofrer quem não lhe conhecia as manhas.
Rosinha, doce menina, saltitava por charcos e prados para conduzir as ovelhas, com o pai, mudando de pasto a cada dia, para estrumarem os campos por onde passavam. Havia que tomar atenção para não arranjarem zangas com os donos dos terrenos.
Nesta família pobre, mas cheia de amor, Rosinha sentia-se abençoada pelo pai e acarinhada pela mãe.
Ao pai escutava histórias fascinantes enquanto guardavam as ovelhas; ou, à volta da lareira, após o jantar. Que histórias de arrepiar e tirar o sono;........
© Diário de Trás-os-Montes
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