Errar é humano
Eu pecador me confesso, chumbei no 2º e no 4º ano do Liceu. Na escola primária não tive estes desvarios porque tinha um professor muito atento e com uma régua sempre à mão que não deixava espaço para devaneios. No Liceu, criança ainda, longe de pai e mãe e sem nenhuma autoridade próxima, puxava-me muito mais para jogar à bola do que para queimar as pestanas sobre os livros. Mas chumbar foi a minha salvação. Em dois anos a mais, cresci, afinei o sentimento de culpa, tomei consciência do sentido de responsabilidade e criei os mecanismos de defesa para não dar mais desgostos na família. E não dei. Nos exames finais do Liceu, na minha área de estudos, tive as classificações mais altas e pude entrar na Universidade sem problemas.
Aprendemos com os fracassos. Hoje não haverá ninguém de relevo no mundo político e no plano económico que não revele os fracassos que conduziram ao sucesso. Nasceu assim a “teoria do fracasso”, mostrando que não há motores do sucesso sem a experiência do erro. Temíamos então que o fracasso fosse a queda no abismo, sem remissão. Hoje descobrimos que pode ser o caminho da glória.
É já vasta a “literatura” sobre o fracasso como trampolim para o........
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