A mudança de chip na educação
Nos meus remotos tempos de metodólogo, na área da Didática das Línguas Estrangeiras, uma professora à beira da reforma confessou-me as suas angústias, consciente de que não ensinava de acordo com as últimas orientações. Estávamos na transição do “método tradicional”, assente na leitura e tradução de textos de autor, para o “método direto”, que privilegiava a comunicação oral e escrita do dia a dia. Perante as circunstâncias, o meu conselho foi simples: “ensine como sabe ensinar bem e como se sente segura”.
Muitos professores vivem hoje o mesmo dilema. As tecnologias geradas pela 3ª Revolução Industrial viraram o mundo do avesso e quem sempre navegou em águas tranquilas tem receio de se arriscar entre ondas alterosas. Se um professor hoje, nas mesmas circunstâncias, me fizesse a mesma pergunta, eu não saberia responder. Como se converte um professor nascido e formado no mundo analógico para ensinar crianças e jovens que nasceram e cresceram no mundo digital?
Estamos a entrar n 4ª Revolução Industrial, tecnologias desconhecidas do grande público, mas muito focada na Inteligência Artificial, que assusta, gera inquietações, desconfianças, ameaças e perigos. A Inteligência, a marca exclusiva do ser humano, o que pensa e define........
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