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Pacto Ecológico e PAC, a dança dos pilares

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06.02.2024

No final da primeira década deste século foi elaborada uma série de trabalhos de investigação, de iniciativa alemã, conhecida por TEEB (2009) (The Economics of Ecosystems and Biodiversity). É nessa sequência que surgem os primeiros esforços da União Europeia para consagrar uma agenda da biodiversidade, serviços de ecossistema, alterações climáticas e riscos globais, enfim, de uma economia hipocarbónica e ecossistémica. Mais recentemente, essas preocupações ficaram consagrada na PAC, através do Pacto Ecológico (PE) e, em especial, nos chamados ecorregimes.

Estamos em 2024, confrontados com uma série de greves no setor agrícola, perturbações sérias nas cadeias de valor e com claras dificuldades em conciliar os vários vetores e custos das grandes transições em curso: ecológica e energética, tecnológica e digital, agrícola e alimentar, demográfica e migratória, social e laboral, empresarial e intergeracional, tudo isto enquanto se aguarda pelos termos e condições de mais um grande alargamento ao Leste europeu. Até lá, uma reforma substancial da PAC terá de ocorrer.

Sabemos que, em mercados abertos e globalizados, mas insuficientemente regulados, há mais intensificação agrária e, correlativamente, maior pressão sobre os recursos naturais, o solo, os ecossistemas e a paisagem. Sabemos que uma agenda política mais biotecnológica e bioprodutivista acarreta o empobrecimento das comunidades locais e das formas de agricultura tradicional, assim como, uma crescente simplificação dos ecossistemas, com abandono, fragmentação e concentração da propriedade.

Sabemos que até 2050 estamos em estado de emergência climática por causa da........

© PÚBLICO


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