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As estátuas do museu da Função Pública 

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13.09.2024

Segundo o nosso Governo, a Administração Pública está finalmente a passar por uma transformação profunda. A primeira fase da reforma foi aprovada em junho pelo Conselho de Ministros, e constitui a primeira etapa de um plano estrutural mais amplo que visa tornar o Estado mais eficiente e racional na administração dos recursos públicos, com poupança anual de 23 milhões de euros. Mas será que esta reforma vai ser realmente estrutural e estratégica em relação à gestão de recursos humanos no Estado?

Muitas vezes, a justificação que se toma por garantida ao mau serviço das instituições públicas são os salários baixos e a degradação continuada das condições de trabalho. De facto, todos sabemos que os salários são efetivamente baixos face ao nível de vida atual e que muitas carreiras estiveram congeladas durante anos, levando à inércia na evolução profissional em funções públicas, com consequente efeito na sua motivação e produtividade dos trabalhadores. No entanto, não esqueçamos que, na sua maioria (excluindo sectores como a saúde, educação, segurança e justiça), estamos a falar do grupo profissional com a maior permanência nas carreiras e menor carga horária do mercado de trabalho nacional. Aumentar os salários irá aumentar a produtividade? Provavelmente, mas os problemas presentes no emprego público são muito mais complexos que isso e, para ser feito este........

© Observador


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