Batem leve, levemente, como a Cultura que chama
Numa manhã tórrida de praia em Julho, abro o Instagram e entre stories descubro que, após 8 anos encerrado ao público, o Museu do Design e da Moda (MUDE) vai reabrir com uma obra de requalificação estrutural, uma vez que num quarteirão pombalino, as preocupações sísmicas nunca são demais. Naturalmente, a expectativa e o suspense foram crescendo, nomeadamente no meu caso que, além de ser designer, tive em 2013 a oportunidade de fazer lá voluntariado como guia aquando da Trienal de Arquitectura de Lisboa, por isso de certa forma o dejavú dos cantos à casa era inevitável.
Quando finalmente tenho oportunidade de visitar o museu, deparo-me com a iniciativa de inauguração O EDIFÍCIO EM EXPOSIÇÃO, que pretendia dar a conhecer as diferentes transformações arquitectónicas ocorridas. O edifício exposto era frio, despido e parado no tempo.
Num museu que se diz do Design e da Moda, decidem que na sua reinauguração se deve dar primazia à disciplina da Arquitectura em detrimento das suas áreas principais. Primeiro, ao revelar apenas a sua nova carapaça e agora, dois meses passados, ao escolher como exposição inaugural — MAIS DO QUE CASAS: COMO VAMOS HABITAR EM ABRIL 2074? -, onde mais uma vez o Design permanece na sombra dos imóveis. Todos sabemos que o Design e a Arquitectura caminham lado a........
© Observador
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