O que dizer no fim do mundo?
O que é mais difícil: morrer ou viver? Respostas impossíveis exigem criatividade dos candidatos a autores, porém não há quem possa responder objetivamente esta questão, assim tudo é subjetivo e o resultado do revolver é o moído, o revirado, a suculência profunda e artificial que não resiste, sequer, ao princípio da falseabilidade de Popper. “A civilização se tornou tão complicada/Que ficou frágil como um computador/Que se uma criança descobrir o calcanhar de Aquiles/Com um só palito para o motor”. (Raul Seixas). Assim caminha a humanidade, sem alterar o rumo que está nos levando ao desastre e a cada nova geração -porque a dança das gerações altera objetivos e códigos e as torções são inevitáveis- o individualismo cresce, assim como os retrocessos que remetem ao novos anacronismos, criando assim um paradoxo sem sentindo, mas real; é o novo renovando o velho, é a morte financiado a vida dos poderosos.
Ouvi algumas pessoas dizerem, antigamente, que o mundo acabará em fogo, porque antes houve um grande dilúvio, que está relatado na Bíblia como a Arca de Noé. A saga é discutida até hoje, mas a ciência jamais encontrou provas da sua existência e existem tantas teorias contraditórias que, provavelmente, nunca saberemos de fato se aconteceu ou não. Por isso continuará sendo o que é, atualmente: uma lenda advinda da tradição oral........
© O Mirante
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