Um dos desafios persistentes em Portugal, em grande parte devido ao elevado número de micro e pequenas empresas, é a distância a que muitas destas se mantêm face ao investimento em inovação, digitalização e transformação digital.

É certo que os investimentos e as soluções tecnológicas devem ser ajustados à dimensão e capacidade financeira de cada empresa. Mas há sempre margem para investir, por mais pequena que seja, num caminho de inovação e transformação. Ignorar esse passo pode sair caro a médio prazo, sobretudo num mercado cada vez mais competitivo, volátil e em constante mudança.

Tenho acompanhado de perto casos de empresas com equipas de gestão dinâmicas, com crescimentos sustentados de dois dígitos, alicerçados precisamente numa aposta clara na digitalização. Em contraste, há empresas com décadas de existência que, após anos de investimento quase nulo nesta área, hoje procuram alcançar os níveis de eficiência dos seus concorrentes – concorrentes esses que beneficiam de uma trajetória consistente de transformação digital.

O problema é evidente: o atraso acumulado. Tentar recuperar em 1........

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