menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

O Político Português

8 1
09.04.2025

A figura do político português contemporâneo, tal qual o temos hoje diante dos olhos, não resulta de nenhuma mutação genética extraordinária, embora se julgue herdeiro dinástico do líder histórico que mais aprecia, mesmo que não saiba porquê. A figura do político português, a mais plausível, é a do afilhado de um vereador antigo, colega de faculdade de um qualquer chefe ou de alguém que esteve “na distrital”, antes na concelhia, e foi trepando, como uma hera, por entre despachos, nomeações e lugares em listas repletas de entes iguais – que quem vota não tem sequer a noção de eleger.

Importante é que se aprenda que a carreira começa cedo, construída na premissa de que nunca se deve comprometer, alinhar sempre, aguardar pelo momento certo. Uma vez chegado a algum lado, é procurar “independentes” – porque alguém precisa de saber o que anda a fazer que não seja conquistar poder partidário – e procurar métodos, fórmulas e “personalidades”, mais de marketing eleitoral do que de outra índole, que lhe permitam parecer “abrangente”. O........

© Observador