O grau menos zero da política
People Have the Power, cantava Patti Smith em 1988, altura em que não havia dúvida quanto a quem eram as pessoas e, sobretudo, a que se referia quando falava de poder.
Hoje começamos a ter fundadas dúvidas em relação a este “povo” e à sua capacidade de, no meio de tantas ações de marketing, informação, desinformação, Inteligência Artificial e outras manobras cibernéticas, ser quem mais ordena.
Quando Ray Bradbury escreveu Fahrenheit 451, mal sabia quão perto estava da realidade, ao falar da Tirania da Minoria.
A sua distopia parecia ser algo longínquo, quase improvável e no entanto assistimos nos últimos tempos a uma verdadeira manipulação das massas por minorias com agendas próprias, subordinadas a interesses económicos globais, ou, como no caso português mais à nossa escala, interesses meramente individuais ou corporativos quanto baste.
Assumir que é possível manipular eleições através das redes sociais, da contra informação ou até da IA, deveria deixar-nos aterrorizados porquanto o que pensávamos ser um objectivo alcançado – uma pessoa , um voto, uma vontade – é a utopia vigente.
Deveria obrigar-nos a repensar o modelo e o modo de nos organizarmos enquanto sociedade. Mas a realidade é que vivemos um tempo sem lideres!
Um tempo em........
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