Será 2026, finalmente, o ano da cibersegurança? |
Será que o próximo ano é, de uma vez por todas, o ano em que deixamos de falar de cibersegurança apenas quando acontece um incidente e passamos a encará-la como parte natural das decisões de negócio? A pergunta pode parecer repetitiva, mas o contexto joga a favor dessa mudança estrutural: a transposição da NIS2 para a lei portuguesa, a crescente exposição mediática dos ciberataques e a maturidade tecnológica das próprias empresas empurram o tema para um novo patamar.
Quando olho para o próximo ano, diria que a mudança não será necessariamente tecnológica, mas mental. Já não basta reforçar a firewall ou promover uma ação pontual de formação; quem quiser ser competitivo em 2026 terá de provar, na prática, que consegue proteger dados, operações e identidade digital com o mesmo rigor com que gere outras áreas do negócio.
Será 2026 o ano em que a cibersegurança passa de custo a alavanca estratégica?
Tudo aponta para que sim. A cibersegurança estará cada vez menos restringida às equipas de TI e cada vez mais no centro das decisões empresariais. A NIS2 vai obrigar mais setores a demonstrarem níveis mínimos de maturidade na área e trazer o tema para a agenda estratégica, transformando-o numa condição para participar em determinados ecossistemas de negócio, especialmente em áreas críticas.
Na prática, decisões como escolher fornecedores passarão a ter a cibersegurança como critério fundamental. Grandes empresas e operadores de serviços irão passar a impor requisitos de segurança (auditando práticas, pedindo evidências de formação e exigindo planos de resposta minimamente........