Prémio Limão Azedo para a despesa militar secreta sem controlo democrático |
Ao longo de décadas, a área da Defesa era um domínio sereno da vida democrática marcado por amplos consensos europeístas e atlantistas entre o PS e o PSD, aos quais se associava o velho CDS enquanto partido institucional, desde Freitas do Amaral a Adriano Moreira.
O atual Governo é particularmente impreparado e mesmo perigoso para representar Portugal nestes tempos de estilhaçamento da ordem internacional criada a seguir à II Guerra Mundial, e reforçada a partir da queda do muro de Berlim, perante os riscos causados pelo torniquete autoritário de Trump e Putin.
Quando os Estados Unidos deixam de ser referência de liberdade e democracia, e passam a ver a Europa como inimigo, quando a Rússia retoma a visão de império euroasiático e a China lidera o comércio internacional, a Europa descobre que está sozinha, ameaçada pelos populismos internos e carente de organizar um espaço autónomo de defesa e segurança.
Luís Montenegro foi formado nas escolas das guerras internas dos jotinhas, tem da governação o pragmatismo da sobrevivência, sem qualquer experiência internacional e pouco interesse pelo que vá além da sua manutenção no poder, pelo que não achou grave deixar o novo mundo da política de defesa nas mãos do líder do agora pequeno partido da direita marialva.
Esta deveria ser uma área de acompanhamento direto pelo primeiro-ministro, de partilha de informação e convergência na decisão com o PS,........