O bolsonarismo sobrevive sem Bolsonaro?
Professor titular da UFBA, doutor em filosofia e autor de “Transformações da Política na Era Digital”, “A Democracia no Mundo Digital” e “A Tirania da Virtude”
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E agora —com Bolsonaro fraco, preso e sem um herdeiro ungido—, o que será do bolsonarismo? A identidade política que moldou a direita na última década se dissolve? Fragmenta-se entre os filhos que tentam manter a marca como patrimônio familiar e os políticos que disputam o espólio eleitoral?
A dúvida só faz sentido porque nem todos estão convencidos de que o bolsonarismo exista como fenômeno substantivo ou que resista com o seu líder nessa condição.
Essas leituras minimalistas ignoram o que sabemos sobre identidades políticas. A psicologia social —especialmente a Teoria da Identidade Social— mostra que adesões duráveis não se reduzem ao carisma de um líder nem se desfazem automaticamente quando ele cai ou morre.
Uma identidade pode se organizar de muitas maneiras.
Ela pode ser baseada no líder, quando uma figura singular concentra e encarna o modo ideal de ser do grupo, funcionando como o rosto e a voz por meio dos quais os membros se reconhecem. Pode ser baseada em valores, quando a coesão depende de um código moral compartilhado —ordem, religião,........





















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