Biografia sobre Machado de Assis resgata passado negro do gênio da literatura

Jornalista e escritor, é autor de "Carolina, uma Biografia" e do romance "Toda Fúria"

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Fui iniciado no mundo de Machado de Assis ainda menino. Ou quase. Tinha 14 anos e uma insônia resistente que velava meu corpo noites inteiras. Para maior sossego de minha inquietação, eu lia. A leitura, neste caso, era refúgio e guarida de proteção.

Morto meu pai, no ano de 1969, os livros que foram dele, como a velha coleção das "Obras Completas de Machado de Assis", publicadas pela W. M. Jackosn Inc. Editores, de 1955, passaram a me pertencer.

Os livros foram bem consumidos, à semelhança das cocadas de minha avó Maria Fernandes, que, na época de moleque, eu devorava com sabedoria e gosto. As noites passadas em claro, sem qualquer presunção de remoço ou cansaço, foram preenchidas lendo poesias, crônicas, contos, romances e as intrincadas fabulações machadianas.

O tempo passou, e o amor pelos livros de Machado se manteve. Além da relíquia deixada pelo meu pai, em