Apadrinhada da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) está sendo responsabilizada no governo por dois dos maiores problemas neste segundo turno da campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O primeiro problema foi a declaração, em um evento evangélico na ilha de Marajó (PA), com menores de idade presentes, de que teria fotos e provas de que crianças estavam tendo seus dentes arrancados para práticas sexuais.
Nem as fotos, nem as provas, nem qualquer vestígio dos fatos apareceram. Sobrou para o bolsonarismo a marca de propagador de fake news que já vinha manchando a campanha. Até lideranças evangélicas ligadas ao presidente criticaram a ex-ministra.
O estrago só não foi pior do que o tumulto e as vaias dos bolsonaristas na missa em homenagem à padroeira católica do Brasil na Basílica de Nossa Senhora de Aparecida.
Mas eis que agora, às vésperas da votação, aparece mais um problema para a campanha herdado da gestão de Damares Alves como ministra da Cidadania e das Mulheres.
Está subordinada à sua pasta o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), cujo recadastramento foi marcado pela equipe do Ministério para as vésperas da votação do segundo turno das eleições.
Esse recadastramento está gerando filas gigantescas de eleitores de baixa renda que têm varado madrugadas pelos postos de atendimento por todo o país.
O CadÚnico é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda e se tornou o principal instrumento de seleção para inscrições em programas federais como Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família), Tarifa Social de Energia Elétrica, Auxílio Gás, Minha Casa Minha Vida/Minha Casa Verde Amarela, entre outros.
Damares deixou o governo para tratar de sua campanha eleitoral sem se dar conta de que o recadastramento podia causar filas desse tipo. O presidente Bolsonaro, que precisa conquistar votos entre eleitores de baixa renda está tendo seu governo responsabilizado por causar mais este problema para uma da população em que seu adversário na campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem ampla maioria.
Foi o comando da campanha de Bolsonaro que identificou o estrago e pediu para o governo adiar a data final do recadastramento. Mas o problema é que, até a madrugada desta sexta-feira, as filas não diminuíram.
Filas do CadÚnico são herança maldita de Damares para campanha de Bolsonaro
Apadrinhada da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) está sendo responsabilizada no governo por dois dos maiores problemas neste segundo turno da campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O primeiro problema foi a declaração, em um evento evangélico na ilha de Marajó (PA), com menores de idade presentes, de que teria fotos e provas de que crianças estavam tendo seus dentes arrancados para práticas sexuais.
Nem as fotos, nem as provas, nem qualquer vestígio dos fatos apareceram. Sobrou para o........
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