A neurocientista vai ao dentista

Bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

benefício do assinante

Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

benefício do assinante

Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Vou confessar: tinha pra lá de dez anos que eu não ia a um dentista, desde bem antes de eu me mudar para os EUA, onde tratamentos de saúde são sabidamente caros e as interações com os profissionais de saúde, manchadas pela ameaça de processos litigiosos. Nos zistêitis é raro se formar qualquer vínculo amistoso com esses profissionais, que apenas seguem o roteiro de perguntas e comentários previamente aprovados. Por sorte encontrei um cardiologista por lá que parecia se importar comigo, tanto que acabei deixando ele enfiar uns cabos no meu coração, como já contei aqui.

Mas, francamente, isso tudo é desculpa. A verdade é que não tinha nenhum buraco precisando de cuidado urgente, então arranjar um dentista foi ficando para depois, porque é assim que o cérebro toma decisões: pesando valores emocionais positivos e negativos, as chamadas "valências", do que a gente........

© UOL