Não lembro onde eu li que o tempo áureo de um abraço é de 20 segundos.
(((Se alguém souber, me conta. Hoje, só hoje, eu decidi não buscar no gugol)))
Mas eu lembro, fresca como uma rosa esplendo_rrrosa, a sensação, a inundação reconfortante de um abraço bem dado.
E recebido -- porque, pelo menos no meu manual, não existe abraço sem reciprocidade.
Primeiro eu contei essa história dos 20 segundos pro meu parceiro. E, um pouco por toque, um pouco porque o amor é minha droga, como canta o Bryan Ferry ou o Gustavo Galo na bella "Nosso amor é uma droga", parceria com Peri Pane, e um pouco porque dava menos trabalho que retrucar, ele topou.
Eu lembro que ele tava indo pro trabalho, já com a mochila nas costas e o olho na porta, e aquela pausa mais longa e deliberada que o distraído beijinho matinal lhe custou a alma, como se diz aqui nas Españam.
Traduzido em linguagem corporal, e tudo em nome da pseudociência, o que sucedeu a seguir foi:
a hesitação mútua, o estranhamento; o gesto mecânico de braços envolvendo o corpo alheio;........