O Brasil enfrenta uma encruzilhada fiscal: a necessidade urgente de reduzir gastos públicos e, ao mesmo tempo, proteger conquistas sociais. Medidas de austeridade são muitas vezes controversas, mas se tornam inevitáveis diante de crescentes déficits fiscais. O desafio é cortar gastos de forma justa, minimizando danos aos mais necessitados. E lembrar que a falta de ação pode piorar a economia e causar retrocessos sociais.
Cortes devem seguir um princípio claro: começar por setores onde ineficiências ou iniquidades sejam mais evidentes, para que o ônus seja distribuído de forma mais justa. Embora os cortes possam afetar as áreas sociais, que consomem a maior parte da despesa primária federal, o progresso do Brasil no alívio da pobreza e no acesso a serviços básicos não deve ser desfeito. O caminho seria buscar ineficiências e iniquidades nos atuais programas sociais, permitindo reformas que promovam economia e equidade ao mesmo tempo.
Primeiro, precisamos voltar na Previdência. Hoje, dois terços dos trabalhadores se aposentam com benefício mínimo, igual ao salário mínimo, embora suas contribuições variem muito. Trabalhadores com menos de 15 anos de contribuição não recebem nada do RGPS. Se for........