Voltamos a 2014

Em 2013 as pessoas foram às ruas. Estava claro uma limitação do contrato social da redemocratização. Nosso contrato conseguiu melhorar a vida das pessoas. O consumo privado aumentou muito.

No entanto, nosso contrato social tem a limitação de não conseguir ofertar serviços de consumo coletivo. Como exemplos, temos infraestrutura urbana muito deficiente nos transportes públicos e na rede de saneamento básico.

A frase mais emblemática das manifestações de 2013 foi "em sociedades desenvolvidas o rico vai ao trabalho de transporte público. Em sociedades subdesenvolvidas o pobre vai ao trabalho de carro".

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As obras padrão Fifa dos estádios sinalizavam a possibilidade da melhora. Quando queríamos, conseguíamos padrão Fifa. Adicionalmente, explicitava o desperdício de recursos públicos e a inversão de prioridades.

Das manifestações de 2013 fomos para as eleições muito agressivas de 2014, e dessas para a nossa grande crise de 2014-2016. Apareceu um déficit fiscal estrutural do governo central em 2014 de 1,8% do PIB, que está conosco até hoje.

Para mim sempre foi claro que uma das motivações para o centrão embarcar no impedimento de Dilma foi a necessidade de liderar o ajuste fiscal. O centrão pensou: "Arrumamos o fiscal e esses caras........

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