Última coluna do ano. Momento em que faço o balanço do cenário que tracei no fim do ano anterior (2022) para este que se encerra, 2023. E em que desenho o cenário para o ano que se inicia, 2024.
Meu cenário positivo para 2023 era: "Haddad executa menos do que o espaço dado pela PEC da Transição, estabelece uma regra fiscal que sinalize queda da dívida pública em horizonte não excessivamente longo e consegue aprovar algum aumento da carga tributária. (...) A economia deve crescer 1%, a inflação fechará na casa de 5%, a caminho da meta em 2024, e o ciclo de queda de Selic deve se iniciar no terceiro trimestre".
Errei no crescimento, mas nas outras variáveis fui bem. O cenário positivo considerava uma situação fiscal melhor do que a ocorrida. Penso que a economia americana, que apresentou desinflação em 2023 mais forte do que se imaginava, contribuiu para a materialização do cenário positivo.
Pelo segundo ano, o crescimento surpreendeu-me para melhor. Houve uma safra perfeita, e seus impactos sobre outros setores, principalmente transporte, explicam boa parcela da surpresa. No entanto, me parece que o potencial de crescimento brasileiro se elevou de algo próximo de 1,5% para 2%. Desde 2015, um conjunto grande de reformas foi aprovado.
O grande evento do ano foi........