Os nossos movimentos estão limitados a um estreito corredor que leva das bases militares da Minusca (a Missão das Nações Unidas para a República Centro-Africana) aos edifícios das organizações internacionais e do Parlamento.
O bairro presidencial é fechado para estrangeiros —ao menos para ocidentais. Diz-se que por lá impera a guarda pretoriana de Sua Excelência o professor e chefe de Estado Faustin-Archange Touadéra, e que são os ruandeses que por ali circulam mais à vontade.
Diz-se que os Estados Unidos estão por trás dos ruandeses. Diz-se que o presidente confia mais nos russos para a estabilização das regiões rebeldes. Diz-se que a polícia está com uns e que o Exército está com outros. Diz-se muita coisa.
Por cada base militar que vamos passando, vemos a bandeira dos países que cederam tropas à ONU para a estabilização do país —do Butão à Romênia, e também Portugal, cujas tropas viemos visitar.
Em cada base militar que vamos entrando, empresas de segurança locais procuram languidamente explosivos debaixo dos jipes. As precauções são rotineiras, quase burocráticas; não parece........