A fotógrafa e artista visual Márvila Araújo se diz orgulhosa do trabalho que construiu em seus dez anos de carreira. A baiana, que hoje vive na capital capixaba, afirma rejeitar práticas que aprendeu serem "regras da fotografia" para exaltar a pele negra em seus registros.
"Compreendi que o formato de fotografia que era vendido para mim, e no qual estava trabalhando, era voltado para uma pele que não era o meu objetivo retratar", diz sobre práticas voltadas para a pele branca. Nas imagens feitas por ela, a pele das pessoas negras, seja retinta ou em tons mais claros, atua como protagonista e reluz sob o sol.
Uma das concepções que Márvila diz rejeitar é o horário considerado ideal para fotos ao ar livre, no nascer e no pôr do sol, que pela luz suave cria menos sombras no rosto do fotografado. Esses horários também são conhecidos como "hora de ouro", pela coloração alaranjada que o céu adquire.
Já o sol do meio-dia é desaconselhado por muitos profissionais, conta, por ser considerado mais difícil de trabalhar e por causar sombras mais........