Na dúvida, corra
Tenho um amigo que indaga sobre tudo o que faço. Se o grande Sócrates, o filósofo, estivesse minimamente preocupado com as coisas práticas, daria pra dizer que meu parça é uma sorte de Sócrates do comezinho, a querer desencavar minhas razões mais profundas e íntimas quando, por exemplo, eu ocupo demais o espaço do escorredor com xícaras e copos posicionados um tanto aleatoriamente.
Ele também acha que eu deveria transferir o longão do sábado para o domingo para que eu assim pudesse usufruir da tarifa zero dos ônibus paulistanos na eventualidade de o cascalho me levar para muito longe do ponto de partida. Considera uma questão de falta de lógica, não exatamente de economia, empenhar sem necessidade R$ 4,40.
Pois bem, às vezes correndo eu tenho alguns pensamentos como esses do meu amigo. Vejo uma corredora fazendo movimentos um tanto tortos com uma das pernas e digo a mim mesmo que sua mecânica está errada. Que o braço daquele camarada na rampa da ponte da USP poderia se movimentar mais vigorosamente para dar conta melhor da subidinha.
Pequenas correções nos movimentos são sem dúvida........
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