A insanidade e o caos emocional do fim de ano
Multiempreendedora e fundadora do Natalia Beauty Group
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Dezembro sempre foi um mês que me trazia mais angústia do que alegria. As ruas lotadas, as buzinas incessantes, o trânsito e as pessoas apressadas e sem paciência transformavam a cidade em um cenário de guerra. Todos queriam viver como se o mundo fosse acabar no dia 31, correndo para comprar presentes, comparecer às confraternizações e resolver pendências que não precisavam ser resolvidas imediatamente. Eu era uma dessas pessoas. Durante anos, deixei que essa pressão me consumisse, até que percebi que algo precisava mudar.
Na época, minha situação pessoal era complicada. Eu estava no fundo do poço emocional, enfrentando a solidão do Natal como uma ferida aberta. Enquanto todos estavam reunidos com amigos, familiares e em confraternizações alegres, eu me sentia invisível. A ansiedade me fazia passar noites em claro, e a depressão pintava o fim de ano com tons de cinza. Ouvia risadas, via luzes piscando pelas janelas, mas dentro de mim era escuro e pesado. Eu me perguntava por que não conseguia sentir a mesma alegria que parecia transbordar em outras pessoas.
Esse ciclo de ansiedade e tristeza só piorava com o comportamento caótico que dezembro provocava. Era como se cada rosto impaciente na fila ou cada buzina no trânsito fosse um lembrete de que eu não estava no controle de nada. Tudo parecia uma cobrança: de dinheiro, de tempo, de sorrisos falsos. Eu me tornei ainda mais dura comigo mesma, buscando atender expectativas que nem eram minhas, mas que eram impostas por todos ao meu redor. O mundo gritava "Feliz Natal", mas tudo o que eu queria era desaparecer.
Foi em um desses natais, porém, que a exaustão me obrigou a parar. Não era possível continuar assim. Comecei a me........
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