Cobrança estética no balé clássico pode afastar bailarinos da prática

Na profissionalização em balé, como em outros esportes, a alta carga de treinos diários intensos é imperativa. O peso dos atletas é destaque entre as preocupações, o que pode ser gatilho para pessoas predispostas a desenvolver transtornos alimentares.

De acordo com Maria Cristina Lopes, mestre em psicologia que atua com professores de dança desde 2013, bailarinos da modalidade clássica têm até 3 vezes mais chances de sofrer com doenças do tipo.

No balé desde criança, Maria Eliza Contri, 28, diz que decidiu ser nutricionista justamente por ter enfrentado a bulimia. "Me lembro de um colega dizer em frente a todos que não faria dupla comigo pois eu era muito pesada", diz ao blog. Ela não atribui o seu período com a doença ao balé, mas usa sua experiência para criar um ambiente seguro no Espaço Co.Art, escola de dança que dirige junto da irmã, Carol Contri, 35.

"É preciso cuidado com o que se diz sobre os corpos das pessoas. Todos estamos vulneráveis", diz a nutricionista. Para a psicóloga Maria Cristina, no entanto, a exposição à cobrança estética nas fases........

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