Uma das leituras mais interessantes do site da Nasa para quem gosta de ficção científica é a seleção dos projetos a serem apoiados pelo programa Niac, sigla em inglês para Conceitos Inovadores Avançados da Nasa. Ele banca pequenos estudos (a US$ 175 mil por ano) com ideias para o futuro. Na edição de 2024, tem um pouco de tudo, de avião para a rarefeita atmosfera de Marte a coletor de amostras do inferno escaldante de Vênus. Mas a proposta mais arrojada tem a ver com o desafio (quase) impossível de um voo interestelar.
O problema é simples de entender –e difícil de resolver. Uma espaçonave mandada ao espaço interestelar com propulsão química convencional (os bons e velhos foguetes) não poderia chegar à estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri, antes que se passassem dezenas de milhares de anos. Para cumprir a tarefa de superar os 4,2 anos-luz de distância em tempo razoável, é preciso atingir velocidades relativísticas, ou seja, que representem uma fração significativa de c, a velocidade da luz.
Thomas Eubanks, da empresa Space Initiatives, da Flórida, foi um dos agraciados pelo programa neste ano com a proposta de enviar um........