Figuras essenciais no processo que leva à realização de filmes e séries, os roteiristas brasileiros vivem, não é de hoje, uma situação de insegurança e instabilidade gritantes. Um dos problemas mais graves e recorrentes é a falta de critério na definição dos créditos que recebem pelo trabalho feito.
Tema de conversas informais nos grupos de WhatsApp da categoria, a insatisfação generalizada se tornou pública há poucas semanas, durante a entrega do sétimo Prêmio Abra de Roteiro. Trata-se de uma premiação anual, promovida pela Associação Brasileira de Autores Roteiristas, na qual os seus 1.150 associados escolhem os melhores trabalhos em duas dezenas de categorias.
Ao receber o prêmio de melhor roteiro de obra infantojuvenil, por "A Magia de Aruna", Rodrigo de Vasconcellos, lamentou: "Tivemos uma surpresa desagradável de não recebermos créditos nos episódios que escrevemos.
Houve omissão e diluição dos créditos". E pediu: "Vale pensarmos, enquanto classe, em mecanismos de regulação e conferência de creditação, que façam com que os ‘players’ respeitem a participação e a autoria de cada colaborador e roteirista".
Para entender melhor a reclamação, conversei nos últimos dias com seis roteiristas e li ou ouvi........