O Reino Unido começou o século 20 como Roma e o século 21 como Itália. Esta última comparação não deve ser levada muito longe —qualquer tolo pode ver que existem muitas diferenças entre o Reino Unido e a Itália.
Mas uma semelhança não pode ser ignorada: a produtividade, que é o principal determinante do padrão de vida, está estagnada em ambos os países.
Isso tem sido verdade na Itália desde o final do século 20. Tem sido verdade no Reino Unido desde a crise financeira de 2008. O principal desafio econômico para o país é acabar com essa estagnação. Sem isso, será impossível resolver seus outros problemas sociais e políticos.
Um importante livro novo, "Ending Stagnation" (Acabando com a Estagnação), da Resolution Foundation, encara esse fracasso. Mas sua atenção não se concentra apenas em acabar com a produtividade estagnada, por mais vital que isso seja, mas também em outras fraquezas.
De fato, a lista de acusações acaba sendo deprimentemente longa. Entre as conclusões mais marcantes desta longa lista de fracassos está o quanto o Brexit foi uma distração custosa dos desafios que o país deve enfrentar se quiser continuar sendo uma democracia próspera de alta renda.
Vamos começar com a estagnação. Entre 2007 e 2021, a produção por hora no Reino Unido aumentou 7%. Entre 1993 e 2007, em contraste, aumentou 33%. Os salários médios reais por hora aumentaram 8% entre 2007 e 2021. Entre 1993 e 2007, em contraste, aumentaram 28%.
Novamente, de acordo com a OCDE, o PIB real per capita no Reino Unido aumentou 6% entre 2007 e 2022. Isso foi melhor do que na Itália, onde o PIB per capita na verdade caiu 2% nesse período.
Mas entre 1992 e 1997, o PIB real per capita aumentou 46% no Reino Unido. O dinamismo econômico do Reino Unido evaporou.
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