Meus dois gatos não comem mais ração seca (escrevo sobre isso porque alguns leitores se interessaram.) Depois que um deles recebeu o diagnóstico de infecção urinária e o outro estava tão gordinho que poderia se candidatar para interpretar o Garfield, o veterinário foi categórico: vocês querem que eles vivam sete, 15 ou 18 anos? Querem que eles tenham saúde ou morram em sofrimento, cheio doenças, com tratamentos e cirurgias? Já fizeram um plano de saúde bem caro para os dois?
Desde sempre ele chama esse tipo de alimento industrializado para pets de "crack". "Eles comem porque vicia, e passam a consumir apenas isso, um processado cheio de sódio, de carboidratos, vazio na quantidade de proteínas que um carnívoro como os gatos devem ingerir."
O fato é que Ziggy foi adotado aos dois meses e, quando chegou, devorava pedaços de carne, peixe e frango, servidos enquanto meu marido preparava nossas refeições. Aos poucos, à medida que a ração seca entrou em sua rotina, ele perdeu totalmente o interesse pelos alimentos crus. Mia, o mais velho, foi resgatado com uns dez dias de vida e rapidamente virou um guri de prédio, que só comia o que havia de melhor disponível para filhotinhos. Com muito custo, aprendeu a gostar de frango, que foi abandonado aos poucos pelo uso do "crack".
Desde sempre, a ração seca era a melhor, com avaliações cinco estrelas, com a embalagem cheia de fotos de alimentos naturais, suplementos, informações nutricionais. Nunca economizamos. Chegamos a trazer dois sacos gigantes dos Estados Unidos com aquela que prometia ser a mais natureba, nutritiva, livre........