Candidato surpresinha, Marçal vive glória ainda incerta
A rápida ascensão de Pablo Marçal nas pesquisas de intenção de voto interferiu no mapa político paulistano e nacional de maneira que não se previa. A trollagem do autodenominado ex-coach seria, sim, para dar algum resultado. Esperava-se que pudesse levá-lo a ganhar alguns pontos nas sondagens, mas que acabaria ficando por ali, como terceiro colocado sem aspirações à vitória. Acumularia cacife para tentar negociar alguma coisa no segundo turno.
Agora, já é outra história. Depois de o Datafolha flagar, em duas semanas, o salto de 14% das intenções para 22%, foi a vez da pesquisa Quaest reafirmar o empate técnico entre o deputado Guilherme Boulos, o prefeito Ricardo Nunes e Pablo Marçal.
Espécie de bolsonarista sem Bolsonaro, o candidato surpresinha da eleição paulistana vive um momento de glória, mas não tem garantia de prazo de validade. Muito forte na internet, não terá espaço algum na propaganda de TV que começa nesta sexta (30). Mesmo nas redes, perdeu terreno, com a suspensão de seus perfis determinada pela Justiça. Seu passado nebuloso, com uma condenação criminal, e as conversas sobre supostas ligações com o PCC podem se voltar contra ele.
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