O Vaticano anunciou na segunda-feira (18) a decisão de autorizar representantes do clero a conceder bênção a casais de pessoas do mesmo sexo e àqueles que estariam "em situação irregular", ou seja, numa nova união após um divórcio.
A deliberação foi considerada histórica, diante do persistente machismo e da intransigência da Igreja com uniões homoafetivas. A autorização, contudo, vem cercada de restrições. O principal cuidado, como explica o comunicado do Vaticano, é evitar que se confunda a bênção com o matrimônio, que permanece sendo um sacramento exclusivo para homens e mulheres que possam dar seguimento ao "crescei e multiplicai-vos".
"Essa bênção nunca será realizada ao mesmo tempo que ritos civis de união, nem em conexão com eles, para não produzir confusão com a bênção do sacramento do matrimônio", diz o texto. Sendo assim, por mais inovadora que se queira considerá-la, a permissão não é muito mais do que uma modalidade de "washing" na imagem ultraconservadora da instituição.
Em bom português, trata-se de uma simpática passada de pano na hipocrisia e no anacronismo de normas doutrinárias defendidas pelo Vaticano.
Sabe-se que ao longo da história, em matéria de atividade sexual, o........