2026 já tem uma cara, um cara, um nome, um jeito próprio, muito particular. Bravo, chamado de Xandão, não pelos íntimos apenas, mas até pelos inimigos, que não são poucos. E jeitão de quem a qualquer momento vai dar um tapa na mesa, sem levar desaforo para casa.

Alexandre de Moraes começa o ano com tudo. Logo no finalzinho da primeira quinzena de janeiro, o Supremo Tribunal Federal entra em recesso. Alguns ministros vão curtir um descanso. Estão exaustos. Além de algumas desgastantes entrevistas, conversas em off com jornalistas, os representantes da Corte máxima do país também tomaram a iniciativa de investigações, ordenaram ações da temida Polícia Federal, confraternizaram com advogados, discutiram uma proposta de compliance, autorizaram cirurgia, desautorizaram a aplicação de algumas leis e até rivalizaram com o Congresso Nacional.

Mandaram recados para os críticos, participaram de eventos internacionais, condenaram à prisão um ex-presidente da República, o que convenhamos, não é pouca coisa. Ah, já ia me esquecendo: também julgaram a constitucionalidade de alguns casos, função principal do STF.

Milly Lacombe

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