Enxame de satélites de Musk aflige astronomia
Jornalista de ciência e ambiente, autor de “Psiconautas - Viagens com a Ciência Psicodélica Brasileira” (ed. Fósforo)
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
benefício do assinante
Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
A cada enxadada, uma minhoca. Basta voltar atenção a qualquer coisa bolada por Elon Musk para topar com coisa ruim. Além de exterminar o serviço público nos EUA, o Doge de Trump também está no encalço da astronomia.
Neste caso é o empresário, e não o mandachuva sul-africano não eleito, que põe em risco todo um setor de pesquisa. Sua empresa Starlink pôs em órbita uma muvuca de satélites que prejudica a visão dos maiores telescópios do mundo.
O enxame de artefatos em torno da Terra teve crescimento exponencial em cinco anos, chegando a 11 mil. Desses, 7.000 abastecem com terabits as pequenas antenas da Starlink, que levam cobertura a lugares remotos como a amazônia. A firma de Musk e outras têm planos para lançar dezenas de milhares de satélites.
Toda tecnologia benéfica tem efeitos não pretendidos. Conexão à internet é uma dádiva para comunidades indígenas ou ribeirinhas isoladas, mas também facilita a vida de garimpeiros, madeireiros, traficantes e grileiros.
Os satélites da Starlink e outras empresas riscam o céu noturno com quantidade crescente de pontos mais, ou menos, brilhantes, a depender de tamanho, formato e distância. Em 2017, o reflexo de um fragmento de satélite foi confundido com uma rajada de........
© UOL
