Em janeiro de 2022, o antropólogo baiano Antonio Risério publicou um artigo na Folha que abordava o traço racista do movimento identitário, a partir de casos de ataques de negros contra brancos e outras etnias. Por isso, foi alvo de linchamento virtual, com ameaças até mesmo à sua integridade física.
A crítica violenta não refutou argumentos e fatos dispostos no texto. No geral se resumiu a chamar seu autor e o jornal de racistas e a indicar que Risério é branco. Quem apontou o preconceito da crítica também virou alvo —como Wilson Gomes, professor da UFBA, que foi chamado de "preto de estimação da Casa-Grande" nas redes sociais.
Ou seja, a realidade demonstrou o racismo identitário e escancarou de vez a faceta tirânica do movimento que não tolera dissenso.
Passados dois anos, o autor........