Há quem diga que o amor é um ato político. Pelo visto, não há mais aspecto da existência humana que escape à politização. A racionalização do afeto a partir de relações de poder vai desde o capitalismo que transforma relacionamentos em produtos, passando pelo patriarcado que controla mulheres através do romantismo até o racismo estrutural manifestado em uniões inter-raciais.
Sobre esse último, tem crescido a busca pela relação afrocentrada —casal formado por parceiros negros.
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Ora, amor é questão pessoal e cada um escolhe os critérios que quiser para embarcar nessa empreitada que é dividir a vida com outro ser humano. Pelos relatos dos adeptos, a união afrocentrada é valiosa em diversos aspectos, como a autoestima, a identidade e a empatia em relação às dores causadas pelo racismo.
O problema surge quando........