É causa com pouquíssima glória labutar por dissociar condições físicas, sensoriais e intelectuais diversas de conceitos estigmatizantes como pessoas incapazes, imprestáveis, inábeis ou peso morto da sociedade.
A prevalência desses pensamentos absolutamente equivocados reflete no soterramento vivo de gente que poderia estar trabalhando, criando, produzindo e se abrindo possibilidades de conviver com a exclusão por todos os lados.
As estatísticas em torno de empregabilidade de pessoas com deficiência evidenciam o abismo onde são colocadas e a maneira como são tratadas.
O setor público, que deveria puxar a defesa incansável do conceito de que cada um é capaz dentro de sua realidade e com os instrumentos necessários para suas tarefas, é um vexame. Reportagem da Folha revelou que apenas 1,4% dos servidores federais tem algum tipo de deficiência.
Segundo o IBGE, de maneira geral, menos de 30% de gente que foi premiada na vida com diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais estão no mercado de trabalho. O restante, algo como 13 milhões de viventes? O restante amarga a dependência extrema de familiares ou........