Para fugir da chatice, procure a acidez
Tem-se repetido que é preciso dar nome às coisas. Mas e se elas já têm um nome e nós não o compreendemos ou o usamos em vão? Um dos principais elementos para se entender, julgar e amar os vinhos é um mistério para muita gente. Estou falando da acidez.
Se você receber um convite para tomar um vinho muito ácido, será que vai ficar animado? Já ouvi bebedores com bastante litragem elogiarem uma bebida dizendo que aquele vinho é maravilhoso pois "não tem nenhuma acidez".
Acontece que o vinho sem acidez é chato. E não sou só eu quem estou dizendo, esse é o termo técnico para descrever a bebida com ph alto: ele será choco, flácido, horizontal.
Por outro lado, um vinho em que é possível notá-la com facilidade é fresco, vivaz, brilhante, elétrico, vertical e até (se você estiver em Portugal) crocante. Apesar de esquisita, a expressão faz algum sentido, se pensamos em frutas bem frescas, uma uva ou maçã verde firme e suculenta, por exemplo.
Para reconhecer a acidez, sugiro colocar o vinho na boca, fazer com que ele passeie por todo o interior e depois deixá-lo parado por uns segundos. Observe como seu corpo reage. Sente um leve pinicar na sua língua? Opa, sinal de que ela está na área. Ao engolir, você nota a salivação acima da média? É engraçado: ao mesmo tempo em que........
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