Já se vão 25 desde a morte de Gérard Lebrun (1930-1999), o orientador da pós-graduação em filosofia que eu nunca concluí. Lebrun faz falta.
Dá para saber que um pensador é certeiro quando os textos que ele produziu para consumo imediato continuam relevantes décadas depois. É o que se vê em "A Vingança do Bom Selvagem", uma coletânea de artigos que Lebrun escreveu para publicação em jornais nos anos 1980.
Lebrun gostava de dizer que era de direita, o que o tornava uma singularidade no departamento de filosofia, tanto o da USP como o de Aix-en-Provence, as duas universidades em que lecionava, onde quase todo mundo era de esquerda. Seu posicionamento político, porém, não fez com que ele perdesse o respeito de colegas. Pelo contrário, Lebrun era dos poucos que transitava bem em todos os grupos do........