Quem sou eu para lutar contra Zuckerberg?
A penúltima coluna do Antonio Prata veio como uma mão estendida para mim. Nela, ele sustenta que a geração Z, a primeira que teve smartphone e rede social desde que se entende por gente, é mais deprimida, ansiosa, tem mais distúrbios alimentares e é mais propensa a automutilação do que qualquer outra, e sugere que deixemos nossos filhos longe das redes.
Por que me senti amparada pelo meu colega? Porque li a coluna no meio da sala, ladeada por minha filha e duas amigas dela, também crianças. Era justamente sobre o uso do smartphone que eu falava com elas, que dormiriam conosco naquela noite, os colchões arrumados ao lado do sofá. Já eram quase 22h, elas tinham aula no dia seguinte e eu pedia que, depois de um dia todo de uso, por favor, deixassem as telas de lado.
Flagrei o pânico em seus rostos. Uma pensou um pouco e disse que não podia largar o smartphone, precisaria dele para despertar. Falei que não se preocupasse, eu as despertaria. Pensou mais um pouco: mas é que eu tô acostumada com esse toque de marimba. A outra também se recusou a largar: só consigo jantar e dormir assistindo a vídeos.
Não me opus, mas talvez tenha........
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