Dançar entre quatro paredes |
Escritora, roteirista e uma das idealizadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras
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Embora eu adore dançar em público, até entendo quem tenha vergonha. Não somos ensinados a dançar e, no caso dos homens, nem incentivados a isso. Aprendemos a fazer raízes quadradas e análises sintáticas mas não a dar passinhos nem sacudir os quadris.
Alguém argumentará: fazer raíz e análise sintática é útil e dançar é inútil. É justamente aí que reside a importância de dançar: na sua falta de sentido.
Para muita gente é dificílimo chegar até a pista –há quem não se sinta confortável para dançar nem depois de uma dose de uísque –mas nunca entenderei aqueles que se privam de balançar entre quatro paredes.
O esquema é simples. Você está em casa. De repente, é interpelado por uma melodia que entra pelas orelhas e agita algo. Você sente uma vontade estranha de se sacudir, e talvez um ímpeto de reprimir essa vontade. Como diria o........