Os 66 anos de Madonna e as versões do cosmopolitan

Vestida para matar, Breathless Mahoney serve um drinque para Dick Tracy. Ele diz que não pode beber, pois está em serviço. "Quando é sua folga?", ela pergunta. "Domingo", é a resposta. "O mundo é grande, deve ser domingo em algum lugar…". O papel da cantora e dona de um nightclub no filme de 1990 é perfeito para Madonna. Nem sempre foi assim.

No começo, ela tocava bateria numa banda new wave, a Breakfast Club. Cantava um pouco, também, mas estava longe dos sussurros de uma cantora sexy de boate. Daí ela formou outra banda, Emmy, em que era a vocalista e guitarrista. Inquieta, ambiciosa, talentosa, já queria conquistar o mundo. Faltava encontrar sua imagem.

Em poucos anos, já havia estourado com sua ousada persona de sexualidade livre e toques de blasfêmia religiosa. O uso e eventual abuso de álcool percorre seu caminho. Em "American Life" (2003), a rainha do pop canta "tentei ser um garoto/ tentei ser uma menina/ tentei ser confusão/ tentei ser a melhor/ acho que fiz tudo errado/ por isso escrevi esta canção". A frustração se resolve do jeito mais imediato: "então entrei num bar, à procura de compreensão, uma companhia leve —tentei achar um amigo".

Na vida real, Madonna encontra amigos no........

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